Como a LGPD vai funcionar em um “mundo sem lei” como o metaverso?

O mundo da tecnologia da informação entrou em modo revolucionário após o CEO da então Facebook Inc., Mark Zuckerberg, anunciar a mudança do nome da empresa para focar no desenvolvimento de soluções para o metaverso.

Para além das principais dúvidas sobre como ele funcionará, temos também questões de compliance: afinal, como ficará a relação da LGPD com o metaverso? Vamos falar a seguir. Boa leitura.

Qual a importância da LGPD?

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) entrou em vigor em 2020 e tem uma grande importância para trazer autonomia sobre dados para os usuários e, assim, garantir que eles tenham maior controle sobre quais informações as empresas têm acesso sobre eles.

Ela ainda tem uma importância maior, principalmente, por considerar a importância de proteção sobre dados sensíveis (dados como idade, renda, escolaridade, raça, opção sexual, entre outros), de forma que só podem ser utilizados e analisados de forma anonimizada. Com isso, evita-se uma série de discriminações que poderiam ocorrer a partir do tratamento desses dados.

O que é o metaverso?

O metaverso tornou-se extremamente popular a partir da entrevista do CEO da Meta (antiga Facebook Inc.) para justificar a mudança do nome da empresa, alegando uma mudança dos investimentos para o ambiente do metaverso, considerado o futuro da internet por ele.

É considerado um ambiente no qual os usuários podem borrar a fronteira entre o virtual e o real. Um dos principais exemplos é a possibilidade de entrar em uma livraria em uma plataforma, com seu avatar, comprar um livro digital e é possível emprestá-lo para amigos dentro deste ambiente.

Como fica a questão da LGPD com o metaverso?

A LGPD é uma legislação importante para a proteção dos dados dos usuários. Contudo, com a inovação do metaverso, ainda temos questões delicadas, afinal, não temos ainda regulações específicas sobre o tema.

Como as fronteiras entre o real e o virtual ficam ainda mais borradas, a exposição é ainda maior e, portanto, há uma tendência de diminuir os resguardos com essas questões, gerando ainda mais dados que merecem maior atenção para não ferirem a legislação.

Além disso, as fronteiras da privacidade ficam cada vez mais borradas, seja entre as pessoas, seja na relação com empresas e governos. Até porque, por exemplo, para a própria construção do avatar, muitos desses dados sensíveis serão fornecidos (como altura, peso, roupa, calçados, geolocalização, orientação sexual, entre outros).

Outro ponto importante a ser considerado são os índices de ataques cibernéticos. Afinal, com mais dados circulando e sendo produzidos constantemente, isso chama cada vez mais atenção de hackers que pretendem obter vantagens. Afinal, se um maior número de transações serão realizadas neste ambiente, haverá maiores chances de obter possibilidades de fraudes. Com isso, as empresas precisarão investir ainda mais em cibersegurança para não entrarem nos parâmetros de negligência presentes na LGPD.

O metaverso ainda está bastante nebuloso e não sabemos muito quais serão as legislações dentro deste espaço. Contudo, as leis existentes deverão ser aplicadas neste cenário. Por isso é fundamental estar atento para essas questões ao pensar em adotar soluções focadas no metaverso.

Para entender mais sobre o metaverso, é fundamental estar atento para as novidades que virão sobre o tema. Por isso, assine nossa newsletter e siga acompanhando nossas novidades.

Thiago Cabral

Bacharel em administração e pós-graduado em Gestão e Governança de TI pela FIAP. Com cerca de 10 anos de experiência no mercado de segurança da informação, ajudou a fundar a empresa Athena Security, onde atua como Sócio-Diretor responsável pelas estratégias de Marketing e pela qualidade de atendimento ao cliente. Acredita que a chave para o sucesso é a especialização, atendimento consultivo e visão inovadora.

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