Crimes digitais se tornam mais sofisticados e empresas precisam se preparar

Recentemente a emissora Record foi vítima de um intenso ataque hacker e chegou a perder o acesso à vídeos e boa parte do seu sistema online. As dimensões da invasão ainda não são totalmente conhecidas, mas o fato chamou a atenção por ter atingido uma empresa deste porte. No entanto, esse não é um caso isolado e mostra uma tendência dos criminosos digitais, que estão se tornando cada vez mais sofisticados. Para se manterem seguras, as empresas também precisam se preparar.

Olhar Digital foi convidado para o Fortinet Xperts Summit, em Cancún, no México. O evento reúne centenas de especialistas em segurança digital de toda a América Latina, e contou com apresentações de produtos exclusivos. Um dos focos do evento foi justamente como as empresas podem se antecipar à ação de criminosos, para manter seus sistemas seguros.

O setor de segurança digital necessita de atualizações frequentes, já que os hackers sempre trabalham para quebrar as barreiras existentes. Uma das principais formas de se antecipar a isso é usando IA. Uma IA sofisticada consegue aprender com tentativas de ataque e se preparar para reagir. No entanto, para chegar nesse estágio é preciso ter uma equipe qualificada por trás e isso exige investimentos.

Hackers cada vez mais preparados

Segundo dados da Fortinet, o Brasil foi o segundo país da América Latina que mais sofreu com ataques cibernéticos no primeiro semestre deste ano. “O Brasil sofreu 31,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos de janeiro a junho deste ano – um aumento de 94% com relação ao mesmo período do ano passado (com 16,2 bi) – sendo o segundo país mais visado da América Latina, atrás de México, com 85 bilhões, e seguido por Colômbia (com 6,3 bilhões) e Peru (com 5,2 bilhões). No total, a região da América Latina e Caribe sofreu 137 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos”, disse a empresa na época.

De acordo com Martin Hoz, vice-presidente Regional de Engenharia da Fortinet para América Latina e Caribe, regiões em crises, como a América Latina, são um potencial alvo para cibercriminosos, já que as empresas não estão tão dispostas, por conta das dificuldades econômicas, de investirem em segurança digital.

Esses números mostram o resultado da sofisticação dos criminosos. No entanto, a mesma pesquisa revela um maior interesse das empresas por sistemas de segurança digital, o que indica uma tendência que pode fazer esse quadro no futuro. Segundo os especialistas, movimentos como a  LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) são um avanço importante no setor.

Fonte: Olhar Digital

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