Elon Musk e um grupo de especialistas em inteligência artificial (IA) pediram em carta aberta que o mercado de tecnologia pause por seis meses o desenvolvimento de sistemas ainda mais poderosos que o recém-chegado GPT-4 da OpenAI.
O que diz na carta?
- De acordo com o documento, assinado por Musk e outras mil pessoas, o avanço acelerado de sistemas de IA é um risco potencial para a humanidade;
- A ideia é que o mercado espere por protocolos de segurança para que mais projetos sejam desenvolvidos, implementados e auditados por especialistas;
- A carta, emitida pelo Instituto Future of Life, detalhou riscos de competitividade humana com interrupções econômicas e políticas e convocou desenvolvedores a trabalhar com governos e autoridades reguladoras.
“Poderosos sistemas de IA devem ser desenvolvidos apenas quando estivermos confiantes de que seus efeitos serão positivos e seus riscos serão administráveis”, diz a carta.
Segundo a Reuters, o documento também inclui assinaturas de pesquisadores da DeepMind, de propriedade da Alphabet, bem como Yoshua Bengio e Stuart Russell, cientistas de peso no campo da IA devido suas contribuições.
Efeito Europol?
A preocupação dos especialistas vem logo após a Europol, Agência de Inteligência da União Europeia, alertar para o uso criminoso da inteligência artificial, em especial a aplicada aos chatbots. De acordo com relatório da autoridade, há três áreas principais dentro do campo digital que esse tipo de tecnologia irá impulsionar, e não de forma positiva. São eles:
- Golpes de phishing;
- Desinformação;
- Crimes cibernéticos.
O governo do Reino Unido também apresentou propostas para uma estrutura regulatória “adaptável” em torno da IA.
Ainda conforme a agência de notícias, Sam Altman, executivo-chefe da OpenAI, soube da carta, mas não assinou o documento.
Vale lembrar que Altman e Musk são velhos conhecidos. O bilionário cofundou a OpenAI com o atual CEO, mas deixou a empresa em 2018 após alguns conflitos de interesses. Recentemente, Altman disse ver o dono da Tesla e Twitter como um “idiota” que se preocupa com o futuro.
Fonte: Olhar Digital